O Saneamento Básico é uma questão de saúde pública fundamental. E para alcançar os objetivos traçados no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), um longo caminho ainda precisa ser percorrido. O desafio da universalização do saneamento concentra-se em ampliar a cobertura com eficácia e com o menor impacto possível para o consumidor. Nesse sentido, o biogás pode ser considerado um importante aliado, contribuindo para a redução das despesas operacionais associadas ao consumo de energia elétrica e ao gerenciamento do lodo.
Levantamentos realizados por organizações setoriais, publicados na Nota Técnica “POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DO TRATAMENTO DO ESGOTO” indicam que, em 2019, o Brasil possuía um potencial de de produção de 493 milhões de Nm³ de biogás no ano a partir do esgoto coletado e tratado de 106 milhões de habitantes. Esses 493 milhões Nm³ anuais de biogás poderiam suprir o equivalente a 1,18 milhão de MWh/ano em energia elétrica, que representam a demanda elétrica anual de uma cidade com 587 mil residências ou a substituição de 347 milhões de litros de diesel. A estimativa é de que em até 2033 este potencial alcance mais que o dobro (934,8 Nm³/ano) com a difusão do tratamento de esgoto pelo país
Em outras palavras, os benefícios obtidos pela exploração do biogás em estações de tratamento de esgoto vão além da compensação de despesas operacionais da unidade de tratamento. Isso porque, o biogás pode alcançar a população local enquanto ativo energético e ser um importante substituto do diesel. E como observado acima, o cenário é de crescimento do potencial de produção.
Atualmente, os estados do Paraná e Minas Gerais são líderes no aproveitamento energético do biogás de ETEs, com 4 das 5 maiores plantas em operação, o que representa 59% do aproveitamento total. A unidade de São José dos Pinhais, por exemplo, tem capacidade para tratar diariamente 170 toneladas de resíduos orgânicos coletados na região de Curitiba, sendo misturado com 900 m³ de lodo gerado na ETE Belém da Sanepar.
Em contrapartida, a região nordeste e norte do país juntas possuem o terceiro maior potencial de produção de biometano, entretanto apenas 5% desse potencial é aproveitado atualmente. Isso representa um amplo mercado a ser explorado na região, trazendo oportunidades de negócio e benefícios para o meio ambiente e para a população local.
É neste contexto que a GW Energia e a CAGEPA (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) iniciaram uma parceria para o aproveitamento deste ativo no Estado da Paraíba. O estudo realizado pela GW visa fornecer todos os parâmetros de viabilidade para que a Paraíba possa se somar a outras estações em funcionamento no nordeste, como a de Caruaru e Feira de Santana.
A GW Energia tem uma equipe técnica experiente e capacitada para desenvolver estudos de viabilidade técnica e econômica de projetos de biogás em ETEs indicando os melhores os modelos de negócios para melhor rentabilidade
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